Jean-Luc
O chão parecia ruir sob meus pés. Eu a via diante de mim, ferida, assustada, desgostosa, e sentia meu mundo desmoronar. Claire queria partir. Eu não podia permitir.
— Claire… — Minha voz saiu rouca, baixa, quase um sussurro de súplica. — Não me deixe.
Eu me ajoelhei diante dela, submisso, sem orgulho, sem resistência, apenas com a verdade nua e crua: eu a amava mais do que um dia amei a mim mesmo. A amava de uma forma que queimava minha alma e destroçava qualquer senso de razão. O amor que carregava por ela era afiado, cortante, impossível de ser esquecido. Eu sentia como se tivesse sido marcado por esse sentimento desde o momento em que a vi. Não existia outro caminho para mim. Não existia outra vida que não fosse ao lado dela.
— Eu te amo há tanto tempo… — continuei, minha voz embargada, meu peito apertado com um medo visceral. — Não posso fingir que posso viver sem você. Não posso suportar a ideia de te perder. Claire, por favor…
Eu segurei sua mão, levei até meus lábios,