CAPÍTULO 62

Subi para o quarto; Clara já estava terminando de se vestir.

Vesti-me também — uma roupa simples para a ocasião.

— Lorenzo, precisamos tratar da data do seu casamento, já que vocês vão casar mesmo — disse minha mãe assim que nos viu descendo as escadas.

Antes mesmo que eu pudesse responder, Clara se adiantou:

— Senhora Victoria, eu gostaria de marcar depois que formos ao Brasil conversar com meus pais — falou em tom acanhado, com um sorriso educado.

— Sim, mãe, vamos tratar disso depois que voltarmos do Brasil — finalizei, firme.

Pela expressão dela, percebi que não havia gostado da resposta. Minha mãe detestava quando as coisas não eram do seu jeito, mas precisava se acostumar.

— Não voltamos para o almoço, Hélène — avisei, saindo junto com Clara.

Seguimos pela estrada. Os olhos de Clara brilhavam ao admirar cada paisagem ao redor.

Parei o carro sob uma árvore de fleurs d’amandier, que estava coberta de flores rosadas, parecendo um quadro vivo em meio ao campo.

— Vem, desce — falei a
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