CAPÍTULO 61

Junto com o sol, saímos do hotel rumo à fazenda. Alerrandro seguia viagem para Milão, para acompanhar os preparativos da inauguração da loja.

Minha mãe estava emburrada; pela cara, percebia que ela só ia à fazenda por obrigação. Mesmo tentando ser uma pessoa melhor e aceitar Clara, minha mãe mantinha seu tom de arrogância, e a fazenda jamais estaria à altura do luxo ao qual estava acostumada.

A propriedade era aconchegante, sim, mas passava longe da mansão em Portugal e dos luxos que ela tinha como rotina.

— Amanhã mesmo voltamos para Portugal, Julian — disse ela, enquanto estávamos no caminho.

No fundo, senti um alívio por ficar sozinho com Clara.

Quando chegamos, Pierre e Hélène nos aguardavam na entrada da casa.

— Bom dia, senhores. Dona Victoria, senhor Julian, quanto tempo — disse Pierre.

Minha mãe apenas assentiu, com um sorriso que não chegava aos olhos. Hélène nos cumprimentou com poucas palavras, formal, percebendo a expressão da minha mãe.

Entramos, e a mesa do café já estav
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