CAPÍTULO 111

Me aproximei devagar, como se cada passo fosse guiado pela própria necessidade de tê-la. Clara, ainda de joelhos sobre a cama, ergueu os braços e me puxou pelo pescoço, trazendo minha boca para a dela.

O beijo começou lento, mas carregado de urgência contida. As respirações se encontraram, se misturaram, e de repente já não dava para saber qual suspiro era meu e qual era dela.

Minha mão deslizou por suas costas nuas, sentindo o arrepio que se formava sob minha pele. Os dedos seguiram o caminho natural da coluna dela, firmes e ao mesmo tempo cuidadosos, explorando cada mínimo movimento que ela fazia.

Clara, com aquela calma provocante que sempre me tirou o eixo, começou a abrir os botões da minha camisa. Um por um.

Devagar.

Como se tivesse o prazer de me ver perder o controle.

A cada botão que ela soltava, seus lábios aprofundavam o beijo, e eu sentia seu corpo se aproximar mais, quente, receptivo, convidativo.

Quando finalmente levei as mãos à sua lingerie, meu peito apertou. Toquei a
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