Mundo ficciónIniciar sesiónO sol nasceu e, com ele, mais um dia de compromissos. Levantei-me lentamente, o escritório me esperava. Tomei um banho demorado, tentando colocar os pensamentos em ordem antes da reunião que teria naquela manhã.
Assim que a reunião terminou, um impulso me dominou: eu precisava ver Clara. No dia seguinte, viajaria a Portugal para visitar meus pais e verificar os negócios por lá, mas antes... eu queria me despedir dela. Cheguei à loja sem aviso. Matteo, é claro, estranhava minhas visitas tão frequentes, mas não questionava — sabia que, quando eu aparecia, havia sempre um motivo. E eu, sinceramente, estava começando a gostar do anonimato. Ali, eu não era o empresário, o nome por trás das marcas. Era apenas um homem comum — e Clara me via assim. Quando ela me viu, sorriu. — Lorenzo, em que posso ajudá-lo? — perguntou, com aquele tom doce e profissional. — Vim apenas vê-la — respondi sem rodeios. Ela pareceu surpresa, mas logo baixou o olhar. — Fico agradecida... mas peço, por favor, que não venha me visitar aqui. O senhor Matteo não gosta que recebamos visitas, e... — hesitou — eu não posso perder esse emprego, não agora. Suas palavras me intrigaram. O que ela queria dizer com “não agora”? Havia algo por trás daquela preocupação. — Bom, eu só vim convidá-la para almoçarmos juntos. Quem sabe conhecer um pouco a cidade? — sugeri, com um sorriso leve. — Eu... eu não posso — gaguejou. — O senhor Matteo não permite que saiamos durante o expediente. — Posso resolver isso com ele — respondi, ainda sorrindo. — Por favor, não faça isso — disse, visivelmente aflita. — Não se preocupe, Clara — retruquei. — Digamos que o senhor Matteo me deve alguns favores. Deixei-a ali, confusa, e segui em direção à sala de Matteo. Assim que entrei, ele se levantou. — Senhor Lorenzo! — disse, surpreso. — Preciso que libere Clara. Mas sem que ela saiba que é uma ordem minha. Vou levá-la para almoçar — informei. Ele hesitou. — Desculpe a intromissão, senhor, mas... o que as pessoas vão pensar da moça saindo com o senhor? Olhei fixamente para ele. — Vão pensar o quê, Matteo? Não estou entendendo o seu posicionamento. Apenas faça o que mandei. E, para deixar claro, não há nada entre nós. Eu apenas gosto da simplicidade dela — respondi. Mas dentro de mim, eu sabia que não era bem assim. Algo novo, confuso e intenso estava crescendo. Pouco depois, Matteo a chamou e informou que ela estava liberada. Clara parecia sem jeito, mas aceitou me acompanhar. — Quem é você, afinal? — perguntou rindo, tentando disfarçar o nervosismo. — O senhor Matteo é tão rígido... — Digamos que somos velhos conhecidos — respondi, rindo também. — Eu conheço a família dele. Levei-a até o Ristorante La Terraza, um dos meus preferidos — discreto, com janelas amplas e vista para o mar. O aroma de azeite fresco e manjericão pairava no ar, e o som suave de um piano completava o cenário. Conversamos sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Clara se soltava aos poucos, e eu me perdia cada vez mais naquele sorriso simples e verdadeiro. Depois do almoço, propus um passeio. Seguimos até o Parque Villa Serenità, um refúgio tranquilo nos arredores da cidade, rodeado por árvores e gramados extensos. Sentamos lado a lado na grama úmida, observando o pôr do sol tingir o céu de laranja e dourado. Era um instante simples, mas de uma paz quase esquecida. Eu não me sentia assim desde a infância. Nossos olhares se cruzaram — e, sem que fosse preciso palavra alguma, nos beijamos. Um beijo quente, profundo, que revelava tudo o que estávamos tentando esconder. Meu desejo por Clara se tornava impossível de conter. Encostei meus lábios em seu ouvido e sussurrei: — Posso te levar a um lugar? Ela me olhou, surpresa. — Que lugar? — Apenas me diga se posso — murmurei, deslizando os dedos por entre seus cabelos. Ela hesitou, mas acabou concordando com um leve aceno. No carro, o silêncio dizia mais do que qualquer conversa. Levei-a até o Hotel Miraggio, um hotel de luxo à beira do lago, discreto e elegante. O quarto era amplo, decorado em tons de caramelo e marfim, com uma varanda que dava vista para a água prateada refletindo o luar. Clara olhava ao redor, surpresa com cada detalhe. Aproximei-me dela, toquei seu rosto e a beijei novamente — agora sem resistência, apenas sentimento e desejo. Eu beijava Clara, que correspondia. Comecei a abrir a camisa, a deitei na cama e, por cima, comecei a tirar o vestido simples que ela usava, enquanto beijava sua boca. Já sem o vestido, me levantei, observando Clara na cama de lingerie, uma lingerie vermelha como os seus cabelos, os peitos lindos e branquinhos, que dava para ver as veias. Arranquei as calças, ficando apenas de cueca, e me deitei sobre ela novamente. Tirei seu sutiã com facilidade e coloquei a boca em seu peito, enquanto apertava o outro, sua aréola rosada. Clara gemia, segurando em meus cabelos. -Você é a coisa mais linda que já vi, Clara, falei enquanto minha boca explorava aquele corpo. Meu pau estava prestes a explodir quando me deitei na cama, puxando Clara para cima de mim. Deixei meu membro saltar para fora, a cabeça já melada de desejo. Clara o posicionou na sua vagina e foi soltando o corpo. Com os olhos fechados, ela sentia cada centímetro meu dentro dela e gemia. Eu tinha a melhor das visões: Clara gemendo no meu pau enquanto cavalgava; seus peitos se movimentavam. Eu coloquei uma mão em seu peito e a outra em sua vagina, dedilhando enquanto ela cavalgava. Os gemidos de Clara estavam ficando mais intensos e senti que ela iria gozar. Rapidamente, a deitei na cama, dominando a situação, empurrando mais forte enquanto nossos gemidos se misturavam. -Aí, Lorenzo, eu, eu tô gozando, ela falou entre um gemido. -Goza, goza nesse pau, goza, falei, aumentando o ritmo. Clara gemia loucamente, eu senti o prazer me dominando e anunciei: -Vamos gozar juntos. Alcancei seu peito e sugava enquanto meu pau jogava até a última gota dentro de Clara. Deitados, entrelaçados, eu a beijei. Já havia estado com muitas mulheres, mas com Clara... foi diferente. Não houve pressa, nem controle — apenas o impulso, o desejo e algo que eu não sabia nomear. Tudo aconteceu de forma natural, quase inevitável. Não pensamos em nada além daquele instante. Depois, ficamos em silêncio. Nenhuma palavra. Apenas o som das nossas respirações misturadas e o calor dos corpos ainda próximos. Clara se aninhou em meu peito, e eu a envolvi em um abraço calmo, diferente de tudo o que costumava ser. Adormecemos assim. Quando despertei, já era madrugada. O quarto estava mergulhado em meia-luz, e ela ainda dormia, tranquila, os cabelos espalhados pelo travesseiro. Normalmente, após uma noite de prazer, eu me levantava e ia embora sem olhar para trás. Mas com Clara... não consegui. De cueca, sentei-me na poltrona ao lado da cama e fiquei observando-a. A cada instante, algo dentro de mim crescia — um sentimento silencioso, incômodo, mas ao mesmo tempo doce. Eu viajaria pela manhã, e, pela primeira vez em muito tempo, não queria partir. Um ruído vindo do corredor a despertou. Ela abriu os olhos lentamente, ainda sonolenta. — Oi... — murmurou, com a voz suave. — Oi, Clara — respondi, aproximando-me. Ela se sentou na cama, olhou em volta e suspirou. — Eu preciso ir... minha amiga deve estar preocupada. Meu celular descarregou, e eu nem avisei. Nunca dormi fora desde que moro com ela, deve estar desesperada. — Eu te levo — disse prontamente. Ela assentiu. Levantou-se, foi até o banheiro e tomou um banho rápido. Enquanto isso, vesti-me em silêncio. Quando saiu, ainda havia em seu olhar um misto de vergonha e ternura. Descemos juntos. O ar da madrugada estava frio, e o silêncio das ruas parecia guardar o segredo daquela noite. Deixei-a em frente ao prédio simples onde morava. Clara se virou para mim, e sem precisar dizer nada, nos despedimos com um beijo calmo — o tipo de beijo que deixa um rastro, mesmo depois de terminado. Vi-a entrar. Esperei até que as luzes do hall se apagassem e então arranquei o carro. De volta ao hotel, senti o peso da partida que me esperava pela manhã. Portugal me chamava... mas parte de mim já sabia que havia deixado algo importante para trás.






