A manhã chegou e, apesar da resistência, desci para o café da manhã. Encontrei Verônica e Alessandra. A ausência de Sofia, que partiu para a Rússia, tornou o ambiente ainda mais solitário.
Verônica ergueu os olhos da xícara de café e, com sua expressão severa de sempre se pronunciou.
— Pensei que ficaria no quarto o dia inteiro, como tem feito ultimamente.
Alessandra interveio com um sorriso gentil para mim.
— Deixe-a em paz, Verônica. Todos lidamos com o sofrimento de formas diferentes. Como está se sentindo, minha querida?
Respirei fundo antes de responder.
— Estou tentando me ajustar, Alessandra. Algumas coisas ainda parecem irreais.
Verônica suspirou e mexeu o chá com lentidão.
— Bom, espero que essa sua... melancolia não atrapalhe Matteo. Ele tem muito com o que se preocupar.
Engoli em seco, mas antes que pudesse responder, Alessandra tocou minha mão suavemente.
— Matteo ama Angeline, Verônica. E ela faz parte da nossa família, quer você goste ou não. Então tudo vai ser resolvido