O cheiro de Luca ainda era o mesmo. Doce, puro… como se ele ainda estivesse no meu ventre.
Ele tinha só um mês. Um mês. E já estava sendo arrancado dos meus braços.
— Meu amor… — sussurrei com os lábios tremendo enquanto passava os dedos na bochecha macia dele. — Mamãe te ama. Mais do que qualquer coisa nesse mundo, você sabe disso?
Ele resmungou baixinho, os olhos fechados, alheio ao caos que nos cercava. Tão pequeno. Tão frágil.
E eu tão impotente.
As lágrimas escorriam sem controle. Não tentei conter. Não havia mais dignidade para salvar.
— Me perdoa, Luca… me perdoa por não poder te proteger, por não poder ficar. Eu daria tudo para te ver crescer… — minha voz quebrou. — Mas eu fiz isso por você.
A assistente social se aproximou. Meu corpo inteiro enrijeceu quando vi os braços dela estendidos.
— Não! Só mais um segundo… — supliquei, apertando Luca contra o peito.
— Angeline… — Giulia se aproximou com calma, mas firme. — Está na hora.
Beijei a testa do meu filho, tentando m