A boutique era sofisticada, o tipo de lugar que eu frequentava raramente, mas que sabia exatamente como fazer uma mulher se sentir especial. Isa estava encolhida entre cabides elegantes e araras reluzentes, os olhos grandes demais para o tamanho da loja.
Ela parecia intimidada, como se estivesse prestes a quebrar alguma coisa só por respirar. Ainda assim, sorria — aquele sorriso tímido que sempre derretia qualquer resquício de dureza em mim.
— Tem certeza de que a gente pode estar aqui? — ela perguntou em voz baixa, deslizando os dedos por um vestido de cetim azul.
Me aproximei, puxando a mão dela até entrelaçar nossos dedos.
— Tenho certeza de que quero ver você em cada um desses vestidos. — Inclinei-me, murmurando perto do ouvido dela: — E no final, quero comprar todos, só pra ter o privilégio de tirar cada um com calma... ou não tanta calma assim.
Ela me lançou um olhar que era uma mistura de vergonha e desafio. A funcionária da loja, uma mulher mais velha com óculos de ar