Acordei com o som do despertador vibrando em algum lugar entre os travesseiros. Tentei ignorar por uns segundos, mas a consciência venceu o cansaço quando lembrei que era o segundo dia de aula. Estiquei o braço, desliguei o celular e fiquei olhando para o teto por alguns instantes, tentando lembrar por que mesmo tinha escolhido um curso que começava às sete da manhã.
Ah, sim. Porque eu amo gastronomia. E porque queria provar para os meus pais que eu podia construir algo sozinha, mesmo com a família toda morando a poucos quilômetros dali.
Peguei o celular e abri o horário das aulas: “Cozinha quente, aula prática, professor novo.” Suspirei, já imaginando as panelas fervendo e o cheiro de manteiga dourando no fogo. Isso me animou o suficiente para sair da cama.
Fui até a cozinha com o cabelo preso de qualquer jeito e o moletom cinza que sempre uso como armadura contra o frio da manhã. Liguei a cafeteira e abri o notebook na bancada. Enquanto o café passava, procurei algum programa de cul