O barulho característico da máquina registradora se fechando ecoou como um sinal do fim do dia. Eu estava atrás do balcão, conferindo junto com um dos funcionários os últimos números do caixa, revisando cada valor. Ainda me sentia um pouco enferrujada depois de tanto tempo afastada, mas ao mesmo tempo havia algo reconfortante em retomar aquela rotina. Era como se cada pequeno detalhe me lembrasse que eu estava reconstruindo a minha vida — e, pouco a pouco, minhas memórias também.
— Tudo certo, Giulia. — disse Helena, uma das baristas mais antigas, me entregando a planilha com um sorriso satisfeito. — O caixa bateu.
— Ótimo. — respondi, sentindo um orgulho estranho, como se tivesse vencido uma batalha só por ver aqueles números se encaixarem.
Estava prestes a guardar os papéis quando ouvi a porta da cafeteria se abrir. O som familiar do sino fez meu coração acelerar sem motivo aparente. Me virei e vi Noah entrando, segurando Serena nos braços.
Meu peito se aqueceu na hora.
Serena estav