A porta do apartamento se fechou atrás de nós com um clique suave, abafando o frio da rua e o burburinho distante da cidade. O silêncio que se instalou foi reconfortante, como se o mundo inteiro tivesse ficado do lado de fora, nos deixando apenas com o calor do lar.
Serena já dormia profundamente em meus braços, a respiração tranquila e compassada. Seus cílios longos descansavam sobre as bochechas rosadas, e a boquinha entreaberta deixava escapar um som quase imperceptível. A cada vez que eu a olhava, meu peito se enchia de um amor que me parecia impossível de conter.
— Vou colocá-la no berço. — sussurrei, sem precisar me virar para saber que Noah me observava.
Ele apenas assentiu, encostado no batente da porta do quarto, as mãos nos bolsos, um sorriso sereno no rosto. Havia algo na forma como ele me olhava que aquecia mais do que qualquer cobertor. Não era apenas desejo. Era devoção.
Abaixei-me sobre o berço cuidadosamente, depositando Serena com toda a delicadeza que o momento pedia