Era como se minha mente fosse um caleidoscópio quebrado, onde pedaços de imagens surgiam e se desfaziam antes que eu conseguisse segurá-los. Fechava os olhos e de repente via um café pequeno, com o cheiro doce de canela e café fresco, o som de xícaras batendo contra os pires e, no meio disso, um par de olhos que me paralisaram. Castanhos, intensos, como se pudessem atravessar cada camada da minha alma.
Noah.
O nome ecoava, mesmo que minha cabeça latejasse pela confusão. Eu o via se aproximando, incerto, mas ao mesmo tempo decidido, como se aquele reencontro fosse inevitável. Havia espanto no seu rosto, incredulidade… e algo que parecia alívio.
E então, outro fragmento surgia — desta vez em um apartamento pequeno, acolhedor. Minhas mãos tremiam quando abri a porta, e ele estava lá, diante de mim, mas não olhava para mim. Seus olhos estavam presos na pequena figura sentada no tapete, com cachinhos escuros e riso fácil. Eu me lembrava da respiração dele travando, da lágrima que escapou s