O som dos meus passos ecoava pelo chão frio da galeria, e por um instante, tudo parecia um pesadelo do qual eu ainda não havia despertado. As luzes brancas iluminavam as paredes manchadas de estilhaços de vidro e molduras destruídas, transformando aquele espaço que antes respirava arte em um cenário de guerra. A polícia já estava no local, espalhada em pequenos grupos, enquanto dois investigadores principais comandavam a equipe. Ao meu lado, Miguel caminhava em silêncio, seu rosto sério e sua postura imponente lembrando a todos ali a presença de um homem poderoso.
— Eles foram rápidos — um dos policiais disse, ao mostrar novamente o vídeo das câmeras de segurança. — Três homens, todos encapuzados. Entraram pela porta lateral, sabiam exatamente como desativar os sensores por alguns minutos. Não vieram para roubar, apenas para destruir.
Meu estômago se revirou ao ver as imagens mais uma vez. Os vultos quebravam as telas, rasgavam telas que levaram meses da minha vida para serem concl