O céu estava limpo, de um azul quase impossível, e o ar carregava aquele frescor leve que só os parques no início da primavera conseguiam ter. Caminhar ao lado de Giulia, com Serena acomodada no carrinho, e minha mãe logo atrás, me trazia uma sensação estranha de completude. Por muito tempo eu não acreditava que poderia viver algo assim. E, no entanto, ali estávamos: indo ao encontro dos pais dela, para que pudessem finalmente conhecer minha mãe.
Assim que os avistamos próximos ao lago, o coração de Giulia disparou e sua mão apertou a minha. Os olhos da mãe dela brilharam de imediato quando viram Serena, e em segundos o carrinho estava cercado por sorrisos e exclamações animadas.
— Olha só essa bonequinha! — o pai de Giulia se abaixou até o carrinho, fazendo caretas, arrancando as primeiras gargalhadas da minha filha. — Já me ganhou.
Minha mãe se aproximou, um pouco tímida, mas foi recebida de braços abertos. Isa abraçou minha mãe carinhosamente.
— Você é muito bem-vinda, Michela. Aqu