A cozinha estava tomada pelo cheiro de café fresco e pão tostando. Eu me apoiava no balcão de mármore, ainda com a camisola meio solta no corpo, enquanto Noah se inclinava contra mim, suas mãos firmes na minha cintura. A luz da manhã atravessava as cortinas finas, iluminando os traços dele, e eu me perdia no jeito como seus olhos sempre pareciam me despir sem pressa.
— Você não me deixa nem respirar, Noah… — provoquei, sorrindo, tentando afastá-lo com uma das mãos.
Ele riu contra minha boca, os lábios quentes colados aos meus, e beliscou levemente minha cintura.
— Mentira descarada, Giulia. Você respira… só que ofegante. — Ele deslizou a língua pelos meus lábios e me puxou ainda mais para perto. — E eu adoro cada segundo disso.
O beijo se aprofundou antes mesmo que eu pudesse retrucar. A gente tinha passado a noite inteira juntos, mas parecia que nunca era suficiente. Meu corpo reagia como se tivesse passado anos sem sentir o toque dele — e, de certa forma, era verdade. O peso de tudo