O mercado estava cheio naquele domingo de manhã, carrinhos se esbarrando, vozes misturadas com o som dos caixas registrando compras sem parar. Mas, para mim, a sensação era de estar em uma pequena bolha, só minha, Noah e Serena. Eu empurrava o carrinho da nossa filha, que dormia tranquila, a cabecinha tombada de lado, enquanto Noah conferia uma lista meio amassada que tinha trazido do bolso.
— Falta só o café e o pão — ele murmurou, os olhos descendo pela lista. — De resto, acho que já pegamos tudo.
— Pega mais um pacote de fraldas também — falei baixinho, olhando para Serena. — Nunca é demais.
Ele sorriu, aquele sorriso pequeno e cansado, mas que sempre aquecia meu peito. Parou o carrinho de compras e pegou o pacote maior da prateleira. Notei que, por baixo do gesto prático, havia uma tensão escondida. Não era difícil de perceber, porque Noah estava inquieto desde que saímos de casa.
— Você está pensando na sua mãe, não é? — perguntei, tentando quebrar o silêncio dele.
Noah deixou es