Meu coração martelava dentro do peito enquanto eu cruzava os corredores do hospital, o eco das solas dos meus sapatos soando alto demais contra o chão brilhante. Minha mente fervia com a lembrança da voz de Isabella ao telefone, dura e cortante, carregada de uma fúria que eu sabia ser justificada.
Eu não atendi.
Não porque não me importava, mas porque estava preso em uma maldita reunião com investidores que não aceitariam interrupções. O celular no silencioso, longe do meu alcance, enquanto minha filha estava aqui. Doente. Precisando de mim.
Carmen foi quem me encontrou primeiro na saída da empresa, segurando o telefone de Maria com uma expressão carregada de desaprovação.
— O senhor precisa ir ao hospital. Agora. — Ela não deu espaço para discussão, e eu nem tentei. Apenas saí dali o mais rápido possível.
Agora, parado na porta do quarto onde Giulia estava internada, hesitei por um segundo. A visão à minha frente me atingiu de uma forma que não esperava.
Giulia estava aninhada contra