Eu estava cansado, mais do que eu gostaria de admitir. O hospital era um lugar estranho para descanso, mas ainda assim, o som constante de monitores e a luz fria do ambiente me faziam sentir uma certa tranquilidade. Talvez porque eu sabia que minha filha estava segura, que ela não estava mais sofrendo com a febre alta que a arrastou até ali. Mas o que mais pesava sobre mim era a culpa. A culpa de não ter estado lá quando ela mais precisou.
Ainda assim, não consegui ficar mais tempo trancado naquele quarto. O ar parecia denso demais, e minha cabeça não parava de girar. Quando saí, encontrei Isabella na cafeteria do hospital, sozinha, com um café à sua frente e um olhar perdido na janela. Estava escuro lá fora, e a luz fraca do ambiente refletia em seu rosto cansado.
Ela me viu antes que eu a visse, e por um momento, seus olhos encontraram os meus, como se soubesse que eu viria.
— Não pensei que você fosse sair do quarto. — Ela disse sem entusiasmo, mas sua voz estava menos afiada do que