Acordei com um som suave, quase um resmungo, vindo do berço ao lado da cama. Abri os olhos ainda sonolento, mas a visão de Serena se remexendo, com as bochechas coradas e os olhos semicerrados, foi suficiente para varrer todo o cansaço de mim. Giulia já tinha saído cedo para a cafeteria, depois de um beijo rápido que deixou o gosto de café na minha boca. Ela pediu mil desculpas por me deixar sozinho com Serena, mas eu não estava preocupado. Na verdade, eu queria isso. Queria aprender cada detalhe sobre a rotina da minha filha, até os mais pequenos.
Levantei e fui até o berço. — Bom dia, pequena — murmurei, erguendo-a com cuidado. Serena esfregou o rosto no meu ombro, aconchegando-se no meu pescoço, e aquele gesto simples me fez sorrir de uma forma que parecia impossível até alguns meses atrás.
Primeiro passo: checar a glicemia. Já tinha observado Giulia fazer isso diversas vezes, mas agora era só eu e minha filha. Coloquei-a sobre a cômoda de troca, ao lado dos apetrechos médicos que