O silêncio da sala parecia maior depois que Serena finalmente adormeceu. Eu tinha passado bons minutos embalando-a junto ao peito, respirando o cheiro adocicado do shampoo infantil que impregnava seus cabelos macios. Agora, o apartamento estava quase escuro, iluminado apenas pelas luzes da rua que entravam pelas frestas da cortina.
Sentei-me no tapete da sala, sentindo o carpete macio sob minhas mãos. Era como se o chão oferecesse uma estabilidade que eu não tinha dentro de mim. Logo ouvi o barulho suave da chaleira elétrica desligando e, alguns instantes depois, Noah surgiu com duas xícaras fumegantes nas mãos.
— Chá de camomila — ele disse, estendendo uma para mim. — Achei que poderia ajudar a acalmar.
Aceitei com um sorriso cansado, e nossos dedos se tocaram por um segundo a mais do que o necessário. Era incrível como, mesmo em meio a tanto medo e tensão, o simples toque dele tinha o poder de me aquecer por dentro.
Noah se acomodou ao meu lado no chão, deixando o corpo se encostar