Segurei Serena com mais força, sentindo meu peito tremer. O peso dela nos meus braços era o único fio que me mantinha firme, enquanto o mundo parecia girar ao meu redor. Noah estava ali, parado, me olhando como se cada pedaço da minha alma estivesse exposto diante dele.
Isa, alheia à tempestade que se formava, tagarelava enquanto ajeitava a bolsa no ombro:
— Fui ao mercado rapidinho e pensei em passar aqui pra pegar uma bebida… E olha só como ela ficou animada pra ver a mamãe, não é, princesa?
Minha garganta estava seca. Eu sabia que precisava dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas meus lábios não se moviam. O coração batia tão alto que parecia ecoar na cafeteria vazia.
Engoli em seco e limpei a garganta, chamando a atenção de Isa.
Foi então que ela olhou para Noah com mais atenção. Um segundo bastou. Vi a mudança em seu rosto — a expressão de reconhecimento surgir, como se um flash de memória tivesse atravessado sua mente.
— Ah… — ela gaguejou, segurando firme a alça da bolsa — Noah