Sábado.
Sete e meia da manhã.
Acordei com um som que ainda não decidi se é o mais doce ou o mais desafiador do mundo: a risadinha da Serena misturada com aquele balbucio que parece que ela está contando um segredo importantíssimo para o travesseiro. Abri os olhos e lá estava ela no berço portátil, olhando para cima como se estivesse planejando alguma travessura.
— Bom dia, pequena. — falei, e fui recompensado com um sorriso banguela.
Ainda estava me acostumando a ter aquele som como despertador. Não reclamei, claro. Melhor que qualquer alarme.
Levantei e, enquanto trocava a fralda dela, percebi que estava sorrindo sozinho. Não era só porque ela estava ali, mas porque… Giulia tinha deixado ela comigo. Giulia tinha confiado em mim. Isso, para mim, valia mais do que qualquer medalha.
Preparei o café da manhã da Serena — e aqui preciso admitir que, apesar de estar me esforçando para ser um pai exemplar, continuo achando que papinhas de fruta têm um cheiro duvidoso. Mas ela parecia adorar.