Narrado por Ava
O sol entrava pela janela do nosso quarto como se soubesse que hoje era um daqueles dias que a gente vai guardar na alma pra sempre. Meu bebê dormia nos meus braços, com aquele cheirinho doce de recém-nascido e a boquinha entreaberta, soltando um suspiro leve. Eu passei a ponta dos dedos na bochecha dele e sorri.
Ele era perfeito. Tão meu. Tão nosso.
Eu ouvi a porta se abrindo devagar e Gregório apareceu com um buquê enorme de girassóis nas mãos e um sorriso idiota no rosto.
Gregório: “Acordei cedo, fui até a floricultura e pensei... Ela merece flores hoje. E todos os outros dias também.”
Ava: — Você já me deu tudo, amor. Não precisava de mais nada.
Gregório: “Sempre vai precisar. Você merece o mundo, Ava.”
Ele se aproximou, colocou as flores no vaso ao lado da cama e depois se sentou devagar, como se não quisesse acordar o bebê. Encostou a testa na minha e sussurrou:
Gregório: “Você tá linda. Mesmo cansada. Mesmo de pijama. Mesmo descabelada.”
Ava: — Você tem certeza