Sam
Samanta despertou lentamente, os cílios pesados piscando contra a luz suave que filtrava pelas frestas da cortina. O lençol ainda morno abraçava seu corpo, marcado pelas lembranças de uma noite intensa. O cheiro dele ainda pairava no ar, aquele perfume amadeirado com fundo cítrico que se tornara o aroma do seu refúgio.
Ela estendeu o braço pela cama, buscando instintivamente o corpo quente de Alberto ao seu lado.
Vazio.
O frio do colchão denunciava que ele não estava ali há algum tempo. Seu coração apertou por um segundo, mas no fundo de seus sentimentos, sabia que ele não a deixaria sem dizer nada. Não depois de tudo que mudou entre eles nessas últimas semanas.
Sam se levantou devagar, sentindo o peso agradável de uma noite bem aproveitada. Um incômodo tênue pulsava entre suas coxas, mas não era dor, era a marca do amor deles. Cada pequeno desconforto era uma cicatriz de prazer.
Vestiu um robe leve e seguiu pelo corredor em silêncio, o chão de porcelanato frio sob seus pés con