Sam
O relógio marcava três da madrugada, quando Samanta desistiu de lutar contra o sono que não vinha. Estava deitada ao lado de Alberto, o peito dele subindo e descendo lentamente, a respiração profunda denunciando o descanso que a ela era negado.
O quarto estava silencioso, envolto na penumbra azulada da madrugada, e mesmo assim, o nó em sua garganta parecia mais barulhento do que qualquer tempestade.
Ela se virou de lado, buscando abrigo no peito dele, mas os olhos, abertos e secos, fitavam o vazio.
A mensagem ainda pulsava em sua memória como uma ferida recém-aberta. As imagens... meu Deus, as imagens.
O vídeo... seu corpo completamente nu, exposto sob a iluminação baixa do quarto da Masmorra Diè. Era mais do que um registro íntimo, era uma ameaça. Ela se viu ali, despindo-se, em silêncio, toda a sua intimidade exposta, invadida de forma tão cruel, os olhos escurecidos pela persona que criou, Pérola Negra. A máscara de veludo. A lingerie provocante. A confiança encenada.
Gabrie