“Ela me destruiu, me entregou… mas mesmo assim continua sendo só minha.”
Matteo
Joguei Angeline dentro do apartamento como se ela fosse um fardo que eu carreguei por anos, um peso que nunca me abandonou, mesmo quando tentei arrancar a porra da lembrança dela da minha cabeça. A porta bateu atrás de nós, e o silêncio foi preenchido apenas pelo som da respiração dela, acelerada, nervosa.
— O que você vai fazer comigo agora? — a voz dela saiu trêmula, mas tinha um toque de desafio. Aquilo me fez cerrar os dentes.
Aproximei-me devagar, como um predador prestes a dilacerar a presa. Segurei seu queixo com força, erguendo o rosto dela para me encarar. Aqueles olhos… os mesmos que me perseguiram em cada noite de prisão, estavam ali, cheios de medo, mas também com a insolência que eu lembrava muito bem.
— O que eu vou fazer? — soltei uma risada seca, sem humor. — Eu devia quebrar cada osso do seu corpo, Angeline. Eu devia apagar você da face da terra pelo que fez comigo.
Ela engoliu em se