(POV Elias)
O silêncio da clareira pesava mais do que qualquer grito de batalha.
O fogo crepitava baixo, lançando faíscas tímidas contra o céu noturno, mas dentro de mim havia uma fogueira que não se apagava. Uma fogueira que queimava cada vez que meus olhos — contra a minha vontade — se arrastavam até ela.
Selene.
Deitada, o ombro ainda enfaixado, respirando fundo como se tentasse encontrar descanso onde não havia.
E ao lado dela… Dorian.
O Alfa tinha o braço passado pelas costas dela, guardando como se fosse muralha viva. O gesto era firme, natural, como se já fosse rotina. Ela se apoiava nele, e eu podia jurar que até a respiração dela seguia o compasso da dele.
Meu estômago se revirou.
Não era ciúme comum. Não era apenas raiva de ver outro homem tão perto dela.
Era algo mais profundo, mais cruel: o selo dentro de mim, latejando, me obrigando a sentir o calor que ela sentia, o conforto que a presença dele trazia.
Eu sentia — sem querer — a segurança que ela encontrava nele.
E isso