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Capítulo 114 — A Libertação

(POV Ivy)

A dor não foi embora quando as correntes caíram.

Ela só aprendeu a mudar de forma.

Às vezes vinha como um frio no peito.

Outras, como lampejos de luz vermelha atrás das pálpebras fechadas.

Mas o que mais doía era o silêncio.

Depois de meses ouvindo o eco das torturas da Ordem, o silêncio da montanha dos Exilados me parecia antinatural, cruel.

A fenda era viva — um lugar de lobos, pedra e sussurros.

Eles andavam devagar ao meu redor, me observando como se eu fosse algo entre milagre e maldição.

Eu não os culpava.

Nem eu sabia o que era, afinal.

Sentei-me perto da fogueira central, o fogo estalando como se respirasse junto comigo.

A pele ainda carregava cicatrizes que nem o toque da Lua curava.

Cicatrizes de ferro e prata — lembranças daquelas mãos frias que tentaram quebrar o selo à força.

O vento da noite trazia cheiro de pinho e sangue seco.

E lá no alto, a Lua…

Tão vermelha que parecia feita do mesmo fogo que queimava dentro de mim.

Selene apareceu em silêncio, como sempre
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