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Capítulo 111 — O Alfa e a Lua

(POV Dorian Hale)

O vento da montanha vinha carregado de cinzas e cheiro de ferro.

Não era apenas o sangue dos caçadores — era o nosso.

O preço que se paga quando o mundo insiste em sobreviver.

A fenda estava silenciosa.

Os lobos dormiam espalhados pelo chão de pedra, corpos exaustos e feridos, almas marcadas por perdas que ainda nem tiveram tempo de entender.

Eu não dormia.

Alfas raramente dormem.

A mente não deixa.

A lua pendia acima, enorme e quase vermelha, o que nunca era bom sinal.

Quando ela sangrava assim, significava que outro ciclo terminava — e outro, mais cruel, estava para começar.

Selene estava de pé na beira da fenda.

O vento brincava com o cabelo dela, e a luz prateada pintava sua pele com o brilho de uma lâmina.

Parecia tão distante… mas cada batida do coração dela ecoava no meu.

O selo fazia isso — aproximava o que o medo tentava afastar.

Caminhei até ela.

As pedras rangiam sob minhas botas, e ainda assim ela não se virou.

Acho que sabia que era eu.

Selene sempre sab
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