A casa inteira parecia conter o fôlego.

Depois da última tentativa do inimigo — aquela presença silenciosa rondando por dentro do vento — a estrutura do Norte ficou mais alerta do que nunca.

Sigrid reforçou cada portão.

Ronan não largava a espada nem por um minuto.

Erynn mantinha o cajado aceso com runas desde o pôr do sol.

Mas nada disso evitou o que aconteceu de madrugada.

Helena acordou com um estalo.

Seco.

Lento.

Prolongado demais para ser madeira comum.

Ela levantou na mesma hora.

Kael, que não dormia profundamente havia dias, sentou na cama antes que ela falasse qualquer coisa.

— Onde? — ele perguntou.

Helena fechou os olhos um segundo.

O som repetiu — agora parecendo mais perto.

— Abaixo do chão.

Kael levantou-se de um salto.

— Ele tenta entrar por baixo.

Helena alcançou a runa que dormia sobre a mesa.

Lyria entrou no quarto naquele exato instante, como se tivesse sido acordada pelo mesmo som.

Os cabelos dela estavam arrepiados, a concha rachada apertada na mão.

— Mãe… el