Mundo de ficçãoIniciar sessãoHumilhada e sedenta por vingança contra um alfa que a descartou, Lyra busca refúgio na alcatéia da Aurora, lar do poderoso e enigmático alfa Kaelen. Em troca de ajuda para saciar sua sede de vingança, ela oferece a Kaelen a chave para suas ambições secretas, um poder capaz de redefinir o equilíbrio entre as alcatéias.
Ler maisKalen desceu as escadas em um ritmo apressado, com o coração batendo forte no peito. A conversa na sala de jantar parecia animada, e os risos de Márcia e Sam o deixaram ainda mais tenso. Ele não havia tido tempo de conversar com Lyra sobre sua ideia, e a ansiedade de expor o plano na frente de todos o consumia. "E se Lyra não aceitar?", a pergunta ecoava em sua mente. Ao se aproximar, Sam foi o primeiro a notá-lo, com um sorriso sincero no rosto. - Olá, senhor,- Sam o cumprimentou. - Chegou bem na hora. Kalen forçou um sorriso, tentando disfarçar sua aflição. - Oi, Sam. Márcia, como está? Márcia respondeu de imediato, sua voz gentil notando a tensão no ar. - Estou bem, obrigada. Mas o senhor... parece nervoso. Aconteceu algo? Kalen olhou diretamente para Lyra, como se não tivesse ouvido as palavras de Márcia. Seus olhos pediam uma espécie de ajuda silenciosa. -Você está bem, Kalen? -, Lyra perguntou, preocupada, ajeitando-se na cadeira. Ela nunca tinha o visto tão ag
O sol do meio-dia banhava o campo de treinamento da matilha Aurora, revelando a grama amassada e a terra fofa sob os pés de Kalen e Lyra. Ambos estavam exaustos, o suor escorrendo por seus rostos e corpos, mas uma sensação de alívio e respeito preenchia o ar entre eles. O treinamento tinha sido intenso, um teste de força e confiança que cimentou o acordo que estavam prestes a fazer. Kalen foi o primeiro a se sentar na grama, as costas apoiadas no tronco de uma árvore. Seu peito subia e descia com a respiração pesada, mas seus olhos cinzentos brilhavam com uma nova clareza. Lyra se sentou ao lado dele, não por conveniência, mas por uma nova e estranha sensação de companheirismo. A tensão que havia entre eles, a de um predador e sua presa, havia sumido, substituída por um elo de igualdade e respeito. -Você é mais forte do que eu imaginava, Lyra. - disse Kalen, sua voz rouca de cansaço. - A Sombria e a Aurora... parecemos feitos para lutar lado a lado. Lyra assentiu, o coração ba
- Desculpe, mas eu queria testar se conseguia te controlar. - Eu não obedeço ao Alfa maior, por que pensou que obedeceria a você? Lyra sentiu um pouco de recebimento dele, mas era necessário fazer aqueles testes. - Não pensei que me obedeceria, na verdade eu sabia que você era forte pra não obedecer a ordem. - Então? Agora sabemos que não conseguimos mandar um no outro, o que isso prova? - Prova que nossa aliança vai se basear na nossa confiança, não precisamos desconfiar que estamos sendo manipulados. - Entendi o motivo de você querer fazer esses testes. - Precisamos de mais que isso, mas por enquanto eu queria que você me ajudasse a melhorar minha forma de combate, não estive em muitas batalhas e as que eu tive quase sai morta. - Você não tinha o poder que tem agora. - Eu sei, mas preciso melhorar, preciso se tornar forte o suficiente para me proteger e proteger todos que eu amo. - Lyra me mostre do que você é capaz. E eu vou te dizer se aceito essa aliança. A
O tempo que passou até Lyra se recompor pareceu uma eternidade, Kalen queria abraçá-la, mas naquele momento o melhor era deixar que ela se acalmasse. Ela queria mostrar para ele o quanto era forte, mas aqueles lembranças destruiriam qualquer pessoa. - Eu consigo continuar. - Disse ela olhando nos olhos dele. - Pra ser uma escrava do alfa maior, Rhis chamou o alfa da lunar, fez de mim e minha tortura um espetáculo público, fui humilhada na frente do conselho inteiro, mas não foi o suficiente para ele, ele manteve a porta aberta para que a população da alcatéia visse tudo. A voz de Lyra estava carregada com uma mistura de dor, humilhação e muita raiva, as palavras pareciam rasgar a garganta dela. - Quando aquele maldito alfa nojento terminou, fui jogada para os soldados, mas eles deveriam fazer isso no pátio para que todos vissem. - As lágrimas ainda escorriam pelo seu rosto, mas sua voz e expressão agora eram de passadas de tanto ódio. Kalen soltou a sua mão abruptamente e ca
- Você lembra aquele dia que eu desmaiei no meu quarto? - Me lembro, eu chamei o médico da casa principal para cuidar de você. - Foi nesse dia que descobri minha origem. - dava pra notar a surpresa nos olhos de Kalen. - Antes disso eu achava que era uma simples ômega da crescente. - E agora você sabe que não é? Como você descobriu? - Agora sei que o poder que possuo é único em muito tempo. - Poder único? Como o da sombria? Lyra exitou por alguns segundos, mas já que estava ali para por as cartas na mesa teria que ser sincera e contar tudo para ele. - Não simplesmente como o da sombria, mas sim como uma alfa da sombria. O olhar de Kalen era misterioso, Lyra não sabia se ele tinha ficado surpreso , com medo ou se estava preparando algum plano para entregá-la ao Alfa maior. - Kalen, eu sei que é muito pra associar, eu cheguei aqui como uma ômega e agora estou dizendo que sou uma alfa de uma alcatéia destruída. - Lyra, preciso de mais informações para entender o que es
A floresta ao redor da Alcatéia Aurora parecia respirar com ela. Cada passo de Lyra era silencioso, calculado. Mesmo vestida com roupas simples, havia algo nela que desafiava o comum. Seus olhos — um violeta profundo, quase hipnótico — escondiam mais do que podia se ver. — Está perdida? — perguntou uma voz firme atrás dela. Lyra não precisou se virar para saber. A presença dele era intensa, como uma tempestade prestes a cair. Kalen, Lyra sentiria a presença dele em qualquer lugar, mas nesses últimos tempos ela conseguia sentir com mais intensidade. — Apenas observando, Alfa — respondeu ela, sem vacilar. Kalen caminhou até ficar ao lado dela. A tensão entre os dois era palpável, como eletricidade em pele nua. — Observando... ou planejando? Ela sorriu de lado. Um sorriso perigoso, daqueles que precedem guerra ou desejo. Mas entre eles era um desejo que ambos escondiam deles próprios na esperança de sufocar os sentimentos. — Por que não os dois? Houve um silêncio. O tipo
Último capítulo