CAPÍTULO 47
Quando o futuro se decide com uma dança e um olhar sincero.
A orquestra trocou de tom, e as luzes do salão se ajustaram com delicadeza, como se o mundo ao redor compreendesse a importância daquela música. Os convidados formaram um círculo discreto, abrindo espaço para os recém-casados tomarem o centro do salão.
Eduard estendeu a mão.
Alinna hesitou por um instante, mas aceitou.
Os dedos se encontraram. Os corpos se alinharam.
Não era apenas uma dança. Era um pacto silencioso. Um pedido de tempo. Um pedido de perdão.
Eduard a conduzia com calma, o toque firme nas costas dela, a outra mão encaixada com leveza na dela. Os olhos se mantinham presos, como se cada passo desenhasse uma promessa.
— Alinna… — ele murmurou, a voz baixa, suave. — Posso te perguntar algo?
Ela assentiu devagar.
— Aceita ir para a lua de mel comigo?
Alinna desviou o olhar por um breve momento, como se a pergunta ecoasse dentro dela. Pensou. Sentiu. Respirou.
Depois voltou a olhar nos olhos dele.
— Posso