Capítulo 13
Às vezes, amar é ter coragem de aparecer depois da despedida.
— Ei, Alinna! Vem, eu te levo pra casa — disse a voz masculina do outro lado da rua.
Ela se virou, limpando os olhos com as costas da mão. Era Lucas.
— Sou amigo do Caio.
Essa frase bastou. Ela entrou no carro, sem pensar. Mas as lágrimas não paravam.
Lucas ligou o motor, mas a olhou de lado, preocupado.
— Ei... não fica assim. O que aconteceu?
Ela respirou fundo, a voz embargada:
— Eu achei que, só uma vez... poderia ser diferente, sabe? Ele vai se casar com uma moça rica. Ele merece isso. É a vida dele.
Lucas bufou, desacreditando:
— Quem? O Caio? Não vai não.
— Mas o irmão dele falou que o pai escolheu...
— Olha, eu conheço o Caio desde que a gente se entende por gente. Ele pode ter só 18 anos, mas sempre soube o que quer. E ninguém muda a cabeça dele quando ele escolhe algo.
Ela virou o rosto, tentando conter o choro.
— Isso, às vezes, até é o defeito dele. Quando coloca algo na cabeça... só prova que está e