CAPÍTULO 17
Quando o amor não basta, o medo decide
A noite caía com uma brisa morna enquanto Caio caminhava até o velho riacho. O céu já se tingia de um azul profundo quando ele chegou ao ponto onde costumava encontrar Alinna. Eram quase vinte horas.
Ele olhava em volta, inquieto. Nada.
O tempo foi passando. Vinte e uma horas…Vinte e duas…
Ela não apareceu.
O coração de Caio começou a bater pesado no peito, um aperto crescente. Não aguentando mais a espera, correu até a casa dela.
A porta da frente estava entreaberta.
Empurrou com cuidado.
— Alinna? — chamou, com a voz hesitante.
O silêncio respondeu com o eco de sua própria voz.
A casa estava vazia.
Na sala, apenas duas malas jogadas no chão. Nenhum som, nenhum sinal de vida. Um vazio que doía.
O peito de Caio apertou. O que estava acontecendo?
Ao sair pela porta, viu um vizinho sentado no portão ao lado.
— Senhor Geraldo... o que houve aqui? Cadê a Alinna?
O homem suspirou e apoiou os cotovelos nos joelhos.
— Os cobradores vieram. L