CAPÍTULO 62
Entre o prato servido e o nome que sangra, o amor é posto à prova.
ENQUANTO ISSO NA TOSCANA…
O aroma de massa fresca e molho de tomate pairava no ar quando os dois se sentaram à mesa. O restaurante era pequeno, de tijolos crus e paredes cobertas por heras que entravam pela janela. Alinna sorriu ao ver a senhora que cozinhava na cozinha aberta, cantarolando em italiano enquanto mexia uma panela de ferro.
Eduard pegou o cardápio, mas Alinna já sabia o que queria.
— Quero o mesmo da última vez. Aquele ravioli caseiro recheado com abóbora e o molho branco. Meu Deus, nunca comi nada igual.
— Vai se tornar freguesa — ele brincou, fechando o cardápio. — Vou pedir o mesmo que você.
Enquanto esperavam, o silêncio entre eles era leve. Natural.
Alinna fechou os olhos, inspirou fundo e soltou o ar devagar, como quem gravava a cena dentro do peito.
— Eu vou sentir falta desse lugar — disse, abrindo os olhos devagar.
Eduard a olhou, apoiando o cotovelo na mesa e o queixo na mão.
— Podem