CAPÍTULO 61
Enquanto o prazer a cegava, o mundo a despia
Ela deu uma risada gostosa, encostando a cabeça no ombro dele.
O silêncio voltou, mas agora era leve. Cúmplice.
— Vamos? — ela perguntou, erguendo um pouco o tronco.
— Vamos onde?
— Banho de rio — ela respondeu, com um brilho nos olhos.
Ele a olhou de lado.
— Só banho, né?
— Ihhh… já cansou? — ela ergueu a sobrancelha.
— Você acabou com meu psicológico, mulher. Meu pau até dormiu, coitadinho.
Ela gargalhou alto, jogando a cabeça pra trás.
— Vai deixar ele descansar então? Eduard pergunta rindo.
— Uns quinze minutos de respeito. Depois disso, a gente conversa de novo.
Ali, entre árvores, estrelas e silêncio, eles mergulharam até a cintura.
Brincaram com respingos.
Trocaram carinhos.
Rindo, os dois se levantaram. Caminharam nus até a beira do rio, com os pés descalços pisando no chão frio da madrugada.
A água estava fresca, mas não gelada. E o toque dela no corpo cansado parecia mais uma troca de carinho.
Beijos molhados.
Toques