Capítulo 1 - parte 2

Mikhail Vasiliev 

Tinha algo nessa garota que me era instigante. Talvez fosse a inocência, o que me fazia pensar em como poderia corrompê-la.

Desde o momento em que a salvei, eu me questionava se estava agindo corretamente e se deveria continuar seguindo o plano. Eu nunca hesitava, sempre cumpria com minha palavra e os prazos estabelecidos, mas, dessa vez, estava sendo diferente.

— Como você se chama? — mesmo hesitante em entrar em certos assuntos, perguntei.

— Alena. Alena Petrova. — Entre uma garfada e outra, ela respondeu, mas por vezes, seus olhos reviravam como se fossem se fechar, me dando a certeza de que ela já havia ingerido o boa noite, Cinderela. Não tinha mais volta. — E você?

— Está tudo bem? — não querendo falar meu nome, mudei de assunto.

— Sim, só estou um pouco tonta. — fez uma pausa, olhando ao redor. — Talvez a comida esteja estragada.

— Tem certeza? — Coloquei minha mão sobre a dela na mesa, perguntando com preocupação.

O plano era pegá-la, levá-la para algum lugar no qual eu pudesse dopá-la, me fingindo de bom samaritano e mostrar o material para o comprador. Eu não poderia, nem deveria me preocupar. Mas o fato de ela ser tão ingênua estava mexendo comigo.

— Acho melhor eu te levar para o quarto, senhorita Alena. 

— Iremos dormir juntos? — mesmo sob efeito de drogas, ela ainda se preocupava com isso.

— Não se preocupe, reservei dois quartos. É melhor irmos, você não está bem.

Chamei o garçom, paguei a conta e a levei apoiada em meu braço para o quarto.

— Desculpa estragar sua noite, senhor… Seja lá quem for você. — sua voz estava ficando cada vez mais embolada e mole.

Entramos no elevador e eu precisei segurá-la ainda mais forte, porque o risco de ela cair ficou ainda maior.

Ao ouvir o som da caixa metálica, informando que havíamos chegado, a peguei no colo sem a menor dificuldade, de tão magra que era e caminhei mais um pouco, parando em frente a porta do quarto que havia reservado para ela.

Entrei e fechei a porta com o auxílio dos meus pés. A essa altura, ela já dormia e até ressonava.

Quando a coloquei na cama, ela murmurou algo que não entendi e eu parei por um instante, não tendo certeza se queria prosseguir.

Seu rosto angelical me fazia questionar minhas atitudes. Era um porre isso.

Mas eu precisava fazer.

Comecei a despi-la e, quando a vi completamente nua, foi impossível não sentir desejo por ela.

A garota era linda. Os cabelos loiros e longos caíam em cascata sobre a pele clara, os lábios cheios, os seios médios e de bicos rosados, assim como a boceta. 

Peguei o celular e tirei várias fotos, o suficiente para convencer o comprador de que a garota era carne de primeira.

Após receber uma resposta dele, a vesti novamente, sentindo meu pau pulsar e minhas bolas pesarem, sinais do meu corpo reclamando que eu deveria fodê-la, afinal, estava vulnerável.

Meu celular tocou, ela se mexeu, porém, não acordou e eu, temendo acordá-la, tratei logo de atendê-lo sem nem olhar quem me ligava.

— Onde está? 

— Estamos num hotel. Estaremos aí amanhã o mais cedo possível.

— Você disse hoje. — seu tom não era manso.

— Está chovendo muito forte. Não vou arriscar dirigir assim. Estaremos aí amanhã.

Não esperei que ele dissesse mais nada, apenas encerrei a ligação e fui para o meu quarto.

A imagem da garota tão inocente estava começando a me afetar. Eu não queria sentir remorso, mas estava começando a sentir. Não deveria ser assim.

(...)

No dia seguinte, logo cedo, bati na porta do seu quarto para chamá-la a fim de irmos embora.

— Bom dia. Está pronta? Temos um longo caminho pela frente. — falei assim que ela abriu a porta.

— Estou, sim, senhor. Bom dia. Deixa só eu pegar minhas coisas. — ela me recebeu sorridente, porém, sua cara ainda era de sono. Certamente devido a droga colocada em sua bebida na noite de ontem.

A garota virou de costas e, ao vê-la andar alguns passos, só serviu para fazer minha mente sórdida recordar como a vi nua e vulnerável ontem a noite.

Imaginei coisas que não deveria e senti a mesma vontade de fodê-la. 

— Podemos ir. — falou ao se aproximar de mim, segurando seus pertences.

Sem respondê-la, caminhamos para fora, pegamos o elevador e não demoramos a chegar ao estacionamento. Entramos no carro e eu dirigi.

Estava um silêncio ensurdecedor e, disfarçadamente, por vezes, eu a olhava encarando a paisagem através da janela do carro.

— Moço, pode me deixar aqui mesmo. Eu vou pegar o ônibus que vai passar daqui a pouco, não vai demorar. De manhã é mais rápido. — após algum tempo, ela falou, no entanto, não respondi.

Permaneci dirigindo, a ignorando.

— Moço? — ela chamou de novo e eu não dei importância. — Você tá me ouvindo? Pode me deixar aqui! — como se eu não a estivesse escutando, ela elevou a voz.

Percebendo que eu não dizia nada e continuava seguindo caminho pela estrada, notei que quase silenciosamente, ela parecia rezar. Olhando de soslaio, ela fechou os olhos. Depois, tentou abrir a porta, sem sucesso, e reprimiu os lábios como se segurasse um choro.

Parei somente quando chegamos ao nosso destino. Ela continuou lá parada e eu desci do carro, indo até o lado do passageiro e a tirei dali a força, com a garota se debatendo.

— Para onde está me levando, moço? — ela se debatia. — Por favor, me deixa ir! 

A ignorando, até porque não era sacrifício algum carregá-la, eu a arrastava.

— Aqui está. — a soltei quando entramos no lugar e ela caiu no chão, chorando.

— Ótima caça! — o leiloeiro me disse contente quando a viu e me deu o pagamento.

Guardei o dinheiro e dei uma última olhada nela antes de sair. Mas ao virar de costas para ir embora, não olhei para trás. Se o fizesse, poderia me arrepender e acabar a trazendo comigo e ferraria com tudo.

Eu deveria estar feliz por ter feito o que precisava, no entanto, não estava. E era a primeira vez que isso acontecia. 

Eu esperava que fosse a última.

Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP
Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP