Aperto o nervosismo dentro de mim, prendo o ar, forço um sorriso que não é nem metade do que deveria ser.
—Santino... — minha voz sai mais doce, mais macia, mais... carinhosa do que eu pretendia, e percebo isso na mesma hora. —Quero te apresentar meus amigos. Michael Sulivan e Heitor Marck.
Santino faz aquele gesto clássico de quem não é muito afeito a longas apresentações — uma breve inclinação de cabeça, sóbria, contida, elegante. Mas, de forma absolutamente perceptível... demora alguns segundos a mais olhando para Heitor.
Meu estômago revir... Não me pergunte por quê. Porque, honestamente, nem eu sei.
—Vocês se importam se... — faço um gesto amplo, indicando o lado oposto da piscina, onde há um conjunto de cadeiras sob uma sombra generosa —... se formos para lá? Meus braços estão ficando vermelhos debaixo desse sol.
—Claro! Vamos lá. — responde Heitor, gentil como sempre, sorrindo.
Ele passa um dos braços pelos meus ombros, naquele gesto que... sempre foi natural. Sempre foi comum