Marina
—Uma pena que não temos música. — Becca reclama, cruzando os braços, meio entediada.
Eu viro o rosto para ela, arqueando a sobrancelha, e, sinceramente, agradeço mentalmente por ela ter dito isso. Me dá a desculpa perfeita para me posicionar.
—Não temos porque... não estamos fazendo uma festa, Becca. — Ergo o queixo, jogando o cabelo para trás. —Vocês vieram me ver, lembra? Eu não estou sendo uma boa companhia? — pergunto, cruzando os braços, meio divertida, meio desafiadora.
Becca revira os olhos, sorri e me faz uma careta infantil, mostrando a língua. Então, claro, se vira para Santino, como quem não resiste a jogar charme no meio do caos.
—Santino... — Ela inclina a cabeça, com aquele sorriso atrevido. — É um nome italiano, não é?
Meus sentidos se aguçam instantaneamente. Cada célula do meu corpo se alinha.
—Sim. — Ele responde com naturalidade, aquela voz rouca, cheia de gravidade, que parece vibrar direto nos ossos.
—Lei parla italiano? — Becca pergunta, empolgada, com aqu