A brisa da manhã entrava pelas janelas abertas da casa, trazendo o cheiro suave das flores do jardim que Brandon mandara plantar logo depois da mudança. Eu gostava do canto dos pássaros e da tranquilidade que aquele lugar trazia, ainda que, por dentro, uma inquietação me acompanhasse desde o dia em que acordei no hospital. A sensação de que algo não se encaixava nunca me deixava completamente.
Brandon havia saído cedo para mais uma reunião, e pouco depois a nova faxineira chegou. Era a primeira vez que eu a via, mas seu sorriso era acolhedor.
— Bom dia, moça! Vim da empresa que o senhor Goodman contratou meu serviço. Pode me chamar de dona Lurdes. — Disse ela, tirando o avental da bolsa.
— Bom dia, dona Lurdes. Fique à vontade. Se precisar de alguma coisa, é só chamar. — Respondi, tentando soar natural.
— Que casa bonita, viu? Tudo novinho, cheirando a tinta ainda. — Comentou ela, já entrando na sala com seu espanador.
Assenti, observando-a trabalhar com agilidade e simpatia. Eu não s