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Capítulo 3 O primeiro erro

A sala de vidro refletia o brilho dourado do entardecer, e os olhos de Vitório contemplavam o horizonte com a solenidade de um rei assumindo o trono. O novo CEO da Acrópole ergueu a taça de cristal, o champanhe borbulhando como sua confiança, como sua sede de grandeza. 

A reunião com os executivos foi um sucesso. Seu nome estava finalmente gravado nas placas de platina da presidência. Agora, ele pertencia à cúpula do império que seu pai construiu com suor e pulso de ferro. Quando saiu do prédio, seus pensamentos já incluíam a mulher que ele queria.

Astrid o aguardava em seu apartamento, com o sorriso aberto quando ele entrou. Estava deslumbrante num vestido de cetim verde que delineava suas curvas com perfeição, os olhos verdes faiscando de orgulho e desejo. Ela o recebeu com um beijo demorado e um sussurro contra seus lábios.

— Seja bem-vindo, senhor Presidente. Estou tão orgulhosa de você, amor.

Vitório a abraçou apertado, o coração palpitando, o corpo quente pela volúpia, só de olhar para ela. 

Não queria perder tempo com amenidades.

Pegou a pequena caixa de veludo negro no bolso interno do blazer e se ajoelhou, abrindo ali mesmo no hall de entrada, diante da mulher que incendiava seus sonhos.

— Casa comigo, Astrid Kutisk. Quero você ao meu lado, não apenas como minha amante, mas como minha futura esposa. Dona do meu nome, e dos meus desejos mais profundos.

Ela levou as mãos à boca, os olhos marejados. Dentro da caixa, um anel com um diamante descomunal reluzia como uma promessa de eternidade. Chorando, ela assentiu, com um sorriso largo e sedutor.

— Sim, Vitório. Mil vezes sim, meu amor!

Ele se levantou, agarrando sua cintura fina e beijando seus lábios deliciosos, os gemidos dos dois apaixonados, se deleitando um com o outro. Vitório a carregou para o seu quarto, sem parar de beijá-la em dominação e urgência.

Para comemorar, se entregaram um ao outro de maneira intensa, cheio de luxúria. A sessão de bondage foi explosiva, os limites da entrega e do poder sendo explorados em cada amarra, em cada ordem sussurrada ao ouvido. 

Astrid se revelou uma submissa perfeita, intuitiva, tão envolta em luxúria quanto em devoção. Ela adora se submeter aos desejos dele, adorava ser satisfeita por ele.

Quando terminaram, os corpos entrelaçados, suados e exaustos, Vitório acariciou seus cabelos dourados.

— Estou pensando em abrir um clube BDSM. O mais caro e exclusivo da cidade. Um mundo de fetiches, exploração da sexualidade, onde o prazer não tenha limites.

Astrid se ergueu um pouco sobre o peito dele, interessada.

— Isso é... fantástico. Podemos fazer disso um império paralelo. Posso te ajudar, amor. Conheço as leis, sei como blindar os contratos e garantir anonimato aos membros. Podemos criar um castelo de prazer.

- Castelo não. – ele pausou, acariciando o quadril dela. – Uma Masmorra. Luxuosa e instigante, que vai mexer com os desejos mais profundos de seus sócios.

- Perfeito. Podemos criar um site para atrair o tipo certo de pessoas. Sócios influentes, que não tem um lugar bom o suficiente para extravasar suas vontades.

Ele sorriu, encantado com a forma como ela o compreendia, como se adaptava a todas as suas ambições.

- Você é perfeita para mim, futura Sra. Darius.

Dois meses depois...

A construção da Masmorra Diè, o clube privado, evoluiu rápida e eficientemente. Astrid assumia uma posição cada vez mais ativa nos negócios, na intimidade do apartamento de Vitório. 

Ela o apoiava em cada decisão, revisava documentos, elaborava contratos e o aconselhava em tomadas de decisões. Astrid queria saber de tudo. Contratos, movimentações estratégicas, reuniões com investidores. 

Vitório, cego de amor e admiração, via nisso apenas zelo e apoio. Para ele, ela era uma mulher forte, de mente afiada que desafiava o mundo dos negócios.

Tudo ia muito bem. O relacionamento cada vez mais profundo, apesar de ser mantido em segredo, pois Vitorio queria esperar até a primeira reunião anual com a diretoria, para consolidar sua posição. A Acrópole crescia bem sob seu comando, e seu pai, Otávio, finalmente estava tirando férias. 

Foi então que tudo aconteceu. 

Uma nova empresa na licitação, um acordo bom demais para ser verdade. Quando surgiu a oportunidade de um acordo com a Rosentown, uma empresa nova com tecnologia promissora para o setor de construção, Vitório hesitou, pois seu pai o ensinou bem demais para fazer seus instintos se aguçarem em desconfiança. Ele investigou a fundo, fez prospecções com sua equipe, e não conseguia decidir se arriscava ou não nesse negócio. 

Mas Astrid, estudou a proposta e o incentivou.

— Eles são o futuro. Não perca a chance de estar à frente. Você precisa ousar, meu amor.

O acordo foi assinado. Multimilionário. Vitório comemorou com os irmãos na inauguração do clube. E depois com Astrid em sua suíte privada. Ele estava feliz, e previa um futuro brilhante para a empresa e para ele sua noiva.

Três dias depois, Otávio voltou ao país subitamente, e chamou o filho mais velho à sala de madeira entalhada de seu escritório da mansão vitoriana da família Darius.

— O que você fez, seu irresponsável?! — rugiu o patriarca, atirando os papeis sobre a mesa. — A Rosentown abriu falência há cinco horas! Estão vendendo todos os ativos enquanto a gente conversa!

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