O Le Jardin nunca testemunhara um jantar tão desconcertantemente cômico.
Eduardo havia reservado o restaurante inteiro - cada mesa, cada flor, cada vela - imaginando uma noite perfeita, íntima, onde nada nem ninguém os interromperia.
Mas o plano ruíra no instante em que Matheus apareceu. Os garçons trocavam olhares incertos, tentando entender o que acontecia. Um jantar romântico… para três?
O maître hesitava entre servir o vinho ou fugir para a cozinha.
Vivian, por sua vez, sentou-se e observou o desastre com uma serenidade quase cruel.
Enquanto degustava o pato confit que Matheus tanto elogiara, percebeu, com certo espanto, que estava se divertindo - não com a conversa, mas com o espetáculo ridículo e fascinante que se desenrolava diante dela.
Eduardo e Matheus eram como duas crianças em um playground, disputando a atenção da professora favorita com truques cada vez mais desesperados e transparentes. A única coisa que faltava era um deles empurrar o outro do balanço