Eduardo
O toque de suas mãos no centro da cama não foi um acidente, nem uma concessão consciente. Foi simplesmente inevitável, como a maré respondendo à lua, como as flores se voltando para o sol. Quando os dedos de Vivian encontraram os de Eduardo na escuridão, foi menos uma escolha e mais um retorno a casa - a um lugar que sempre existira entre eles, mesmo quando estavam separados por oceanos de mágoa e anos de silêncio.
Primeiro, foi apenas o toque - suave,provisório, quase acidental. Apenas as pontas dos dedos se tocando no espaço que dividiam. Mas então, como se movidos por uma força maior que sua própria vontade, suas mãos se entrelaçaram completamente, os dedos se encaixando em um padrão familiar que o tempo não conseguira apagar.
Eduardo ficou imóvel, mal ousando respirar. O contato era tão leve, mas sentia-se como um choque elétrico percorrendo todo o seu corpo. Na penumbra, ele podia ver o contorno do rosto de Vivian voltado para ele, seus olhos fechados, mas sabia que ela es