EduardoO camarim masculino estava tomado por risos e taças se chocando. O cheiro de uísque caro e charutos preenchia o ambiente, misturado ao burburinho de vozes conhecidas. Eduardo ocupava a poltrona mais próxima ao espelho, o copo na mão, mantendo aquele sorriso calculado de anfitrião.Tudo corria como planejado — até a porta se abrir e Elisa entrar.— Mas se não é o Clube dos Veteranos... — Ela surgiu como se o ar tivesse mudado de densidade. O vestido vermelho colado ao corpo brilhava sob as luzes, e cada passo tinha o ritmo certo para ser notado. Perfume doce, olhar direto.Christopher foi o primeiro a se levantar, exagerando na saudação. Gustavo seguiu, enchendo-a de elogios. Alguns convidados que nem eram da turma original se aproximaram, hipnotizados. Só Lucas permaneceu imóvel, com um aceno breve.Eduardo observou tudo. Elisa sempre fora assim: expansiva, magnética, como se a vida fosse uma plateia esperando por ela. Vivian, ao contrário, era silêncio, delicadeza, compostura
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