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CAPÍTULO 51 — A PULSEIRA DE MIÇANGAS

A madrugada tinha sido de festa, e a ONG Raízes do Morro ainda respirava esse resto de alegria. Gente espalhada nos sofás, roncando em colchões improvisados. Cheiro de suor, perfume barato e pipoca dormida no ar. Risos soltos. Cansaço gostoso. A galera desmontava palco, recolhia copos, enrolava fios. Era como se o morro ainda estivesse vibrando da final.

O sol só começava a espiar o topo das lajes quando Mariana entrou esbaforida, a câmera balançando no ombro.

— Esperei a danada da Neumitcha até agora, viu? Ela disse que ia dormir, mas que passava cedo na minha casa pra ajeitar o vídeo. Nada. Nem uma mensagem. Achei que tivesse vindo direto pra cá...

Theo, sentado num degrau com um copo de café na mão, se levantou na hora.

— Ela sempre chega primeiro. Sempre.

Isis, lá dentro, ajeitava o ringue com os olhos meio perdidos. Ouvindo aquilo, levantou a cabeça, a expressão mudando num segundo.

— Neumitcha não é de sumir. Nem de atrasar. Se tivesse rolado algo... ela avisava.

Zóio chegou naq
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