O pai de Sara já se preparava para levar Rivera e a mulher quando o prisioneiro, cheio de ódio, virou-se e lançou um olhar de fúria para Don Vitório. Os dentes cerrados, as veias latejando no pescoço, Rivera parecia prestes a cuspir maldições.
Antes que ele pudesse falar, Sara ergueu a mão. A voz dela soou firme, clara, cortando o ar pesado do pátio:— Don Vitório, ele não pode ser morto agora.O silêncio caiu como uma pedra. Todos os olhares se voltaram para a cigana, que respirava fundo, lutando com as próprias visões.— Os cartéis do México já estão se reunindo. — disse, firme. — Eles sabem que Rivera veio me buscar. E agora, eles vão atrás dos ciganos. Seremos as primeiras vítimas. Por onde passarem, se encontrarem o nosso povo, eles vão matar sem piedade.O pai dela apertou os punhos, a voz grave ecoando:— Você tem razão. Ele e a Carmelita precisam permanecer vivos.A Carmelita , mulher oficial de Rivera, até então