O silêncio ainda pairava no pátio quando Yuri ergueu a voz. Seu tom era firme, mas não carregava dureza — carregava explicação.
— Quero que todos saibam… isso não é fraqueza. — Ele olhou de lado para a irmã, depois encarou Don Vitório e o Gitano. — É um direito que dei a ela. Por ser meia-cigana e por dizer, diante de mim, que este jovem será o marido dela.
Fez uma pausa, como quem mede palavras.
— Só que ela esqueceu de perguntar a ele se aceita essa posição. Porque ela decidiu, diante de todos, que não quer casar com Enzo, mas sim com esse rapaz… — sua mão indicou Baran. — Ela nem ao menos perguntou o nome dele.
Um murmúrio percorreu o pátio. Baran manteve-se ereto, sem desviar os olhos de Irina. E então, pela primeira vez, ela se voltou para ele com um sorriso leve, quase travesso, mas cheio de certeza.
Estendeu a mão delicada, os olhos azuis faiscando sob a luz da manhã:
— Por isso não… — disse, firme. — Oi. Tudo be