Entre música e promessas
O fogo ainda ardia alto no pátio, e os ciganos não davam sinais de cansaço. Violinos, palmas e gargalhadas embalavam a madrugada, enquanto Baran e Irina eram celebrados como marido e mulher. Mas um pouco afastados, sob a varanda iluminada pelas tochas, Sara se inclinou para Don Vitório, os olhos cintilando de malícia e serenidade.— Meu Don… — murmurou, tocando-lhe o braço — já está na hora de nós nos recolhermos. Nós não somos os noivos esta noite. Vamos deixar que eles celebrem e vamos para o nosso quarto.Vitório arqueou uma sobrancelha, bebericando o vinho antes de assentir.— Amanhã é outro dia, sim. — concordou ele, mas logo o olhar voltou ao pátio. — Amanhã Baran terá de selecionar os homens. Aqueles que têm condições de permanecer.Sara riu baixinho e balançou a cabeça.— Não, não precisa ser Baran. Ele está em lua de mel. Pode ser o papai.Vitório virou-se para ela, intrigado.—