EDUARDO
Peguei o celular com tanta força que os nós dos meus dedos ficaram brancos. Cada segundo que passava parecia uma bomba prestes a explodir. O rosto da Sofia ainda estava pálido, os olhos assombrados. E o nome do desgraçado martelava na minha cabeça como um grito ensurdecedor.
Victor Tavares.
— O que vai fazer? — ela perguntou, a voz quase num sussurro, mas firme, como quem quer parecer forte mesmo com o mundo desmoronando por dentro.
— Ligar pro segurança do condomínio. Subir o nível de alerta. Quero monitoramento 24 horas nos portões, no entorno, nas entradas e até nos postes de luz, se for preciso. — Minha voz saiu baixa, tensa, carregada de fúria contida. — E vou chamar um dos melhores analistas em cibersegurança que já trabalhou comigo. Se essa ligação deixou qualquer rastro, ele vai encontrar.
Antes que eu pudesse terminar a discagem, senti a mão dela pousar no meu braço. Um toque quente, preocupado, tentando me ancorar no meio do furacão que rugia dentro de mim.
— E se el