O vento soprava forte do mar, fazendo as cortinas da varanda balançarem como véus de um passado que insistia em retornar. Dante caminhou até uma cristaleira antiga, abriu uma gaveta e retirou uma pequena caixa de madeira, gasta pelo tempo, cujas manchas e arranhões contavam sua própria história de dias vividos e memórias guardadas. — Há algo que vocês precisam ver. — disse, pousando-a sobre a mesa de carvalho, que tinha um brilho sutil, quase mágico, à luz do final da tarde. Nicolas e Mark se entreolharam, atentos, seus olhares penetrantes repletos de expectativa e curiosidade. Dante abriu a caixa com cuidado, como se estivesse desvendando um segredo há muito enterrado. Dentro, havia uma fotografia antiga: três homens e uma mulher em frente à Universidade de Harvard, com o sol filtrando-se por entre as árvores, criando uma aura quase etérea. Um deles era visivelmente mais jovem, de terno claro e sorriso leve que irradiava confiança. — Esse… — Dante apontou com o dedo, sua voz
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